quarta-feira, 3 de abril de 2013

KIEV, Ucrânia

Por motivos profissionais, a última semana de Março foi passada em Kiev. Devo dizer, que ia cheia de expectativas, trata-se portanto de um país novo, e tudo o que nos é novo tem sempre algo para nos oferecer.

O primeiro dia passado em aeroportos e aviões, pouco tenho a dizer, sem ser agradecer a todas as companhias aéreas pelos três voos nao terem atrasado! Para quem está habituado a viagens TAP Lisboa-Madeira, uma pessoa já espera sempre por um atraso, e neste caso, bastava um e lá se ia o trabalho e tudo o resto.
O segundo e terceiro dia, passados na feira Internacional de Turismo de Kiev, serviu para ver o quão dinâmico ou não é a Ucrânia. Quanto à feira, também pouco tenho a comentar: vários stands, com paraísos melhores que os outros, cada um com a sua temática, a rezarem para que dali provenham bons e vastos negócios (afinal é este o propósito de cada feira). 
Fiquei surpreendida com duas coisas: a primeira é a Madeira já ter alguma visibilidade, num país que ainda muito tem pela frente a nível de desenvolvimento social e cultural. A segunda, algum individuo falar lá inglês é quase uma realidade inexistente, que muito me desiludiu. Falo de pessoas que trabalham em agências de viagens e operadores turísticos. Pessoas que toda a vida estão ou estiveram ligadas ao turismo. A esse nível é assustador. Impossibilita qualquer tipo de comunicação. Mas lá nos desenrascámos! Muitos gestos feitos à medida ou ao acaso e lá a mensagem passava. E quando aparecia um sujeito que nos dizia palavras tão familiares como "Hello", era uma festa. Aquilo é que era aproveitar para falar, trocar ideias e conhecimentos.

Aprendi que um salário médio em Kiev ronda os 300 euros, o que tendo em conta o nível de vida deles, dá para (sobre)viver. Bens e serviços, como supermercado e transportes (inclusive táxi) são baratíssimos. Só para terem uma ideia, uma viagem de metro custa dois centimos e meio. Pois é meus caros, ouviram bem, cêntimos... O que fazemos em Portugal com esse dinheiro? Ou com 5, ou 10? Esqueçam lá isso...
Em relação ao restante, hotéis, lojas e restaurantes aí já pesa. O que me leva crer que uma escapadinha ou um mero jantar fora são coisas de luxo para a maioria da população que lá vive. E quanto a roupas, esqueçam mesmo! Marcas básicas para nós, como a ZARA, TERRANOVA e afins, o preço equivale a uma pecinha de roupa da DIESEL. Programem as vossas compras para outro sítio, conselho sábio! Retiro daqui os casacos de pelo que nos metem de rastos ao primeiro olhar! Uma verdadeira beleza, um verdadeiro luxo. Ainda comprei dois sapatos, ambos em saldos. Não resisti! Depois posto aqui...

A nível cultural, tenho a confessar que odiei a comida tradicional de lá, embora tenha achado o restaurante grissímo. Nos últimos dias, já nos refugiámos em gostos mais familiares: sushi e pizza!
No último dia, ainda conseguimos ir visitar duas catedrais que eram lindissimas. Tenho pena de não ter aprofundado mais este sector, pois pelo que investiguei existem vários pontos turisticos de merecedor conhecimento.

Só me resta dizer que estavam menos 6 graus e para quem está acostumado a viver de 15 para cima, bate forte lá dentro!! Mas valeu pela neve e pela risada de andar de saltos altos em pleno gelo!! Ah ah ah

Para terminar, que chovam pessoas dessas bandas e vizinhas no nosso turismo. Bem precisamos! Para quem não sabe, o stand da Madeira serviu para promover o lançamento do charter Kiev-Madeira que acontecerá entre os meses de Julho e Outubro. Um bem haja a estas iniciativas! E o que gosto muito em todas as viagens que faço é o poder vir com a impressão que conheci pessoas que são uma delícia a conversar. E isso aconteceu, com uma agente de viagens que muito conhece a Madeira e tem uma paixoneta pelo The Vine. Fica um beijinho grande à Henrietta que nos prontificou a mostrar-nos a cidade, ofereceu-nos brindes e muitos dedos de conversa, sempre sobre a nossa linda ilha. Ela é o contato perfeito se lá forem alguma vez. Conhece tudo de trás para a frente. Caso alguém esteja interessado, dou-vos o contato.

P.S: Se estão a pensar ir viajar e ainda não conhecem meio Mundo, saltem este quadrado do mapa e deixem para um dia mais tarde, quando viajar para vocês já for como quem vai ali e já volta!! As pessoas pouco têm a ver connosco a nível de alegria. Só isso, já me mata. E penso que a vocês também. Nunca me senti bem com povos frios. No entanto, não me arrisco a dizer para NUNCA LÁ IREM, pois faltou-nos visitar muita coisa. Em último caso, podem sempre afogar-se em vodka e caviar, que por lá, são coisas em abundância!

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